MOMENTOS,

Um Domingo qualquer

domingo, novembro 17, 2013 Paralelo das Letras 0 Comments

Um dia acorda em uma manhã cinza de domingo, e o mundo já não é mais o mesmo, como se enquanto você dormia tudo tivesse saído do lugar, e encontrado outra cômoda posição para ficar. Os amigos já não são os mesmos, alguns aos poucos se afastaram, e sem que percebesse foram embora, buscaram outros caminhos que já não leva a você. A família cheia de amor e compreensão, fala uma língua que você quase já não reconhece. As percepções de mundo são outras. O ano continua tendo trezentos e setenta e cinco dias, se não bissexto, o dia com suas vinte e quatro horas, as horas com sessenta segundos. A Terra continua executando sua rotação normal. O que mudou foi você, foram as pessoas, as ideias e as conexões que fazem. A felicidade mais do que nunca parece um estado abstrato, que exerce uma fascinação nos homem, mas que não pode ser alcançado do modo que você se encontra. Na garganta um grito contido ameaça rasgar a carne para encontrar vazão. No meio o medo chega doer! A mente não deixa esquecer os acertos, mas também não abre mão da lembrança dos erros.

É um momento em que a nostalgia pelo que não viveu, é maior que de tudo que foi vivido.

Lembrando-se de sua história você chega à compreensão do quanto usou as palavras inutilmente, como falou de coisas que desconhecia. Como fez juras que nunca poderia cumprir, e deixou de dizer o que era preciso. Dando importância para coisas de sentido dúbio e fútil.


Repensando a vida nota que a felicidade se apresentou e foi descartada diversas vezes, e que neste momento você só deseja que pudesse ter um pouco dela para não sentir o coração morrer em seu peito. Mas não consegue encontra-la... Não hoje, não em você ou entre as paredes de seu quarto. Melhor não pensar então, melhor deixar caminhar a vida, e sorrir para espantar as questões dos outros... Um dia a mais na vida, um dia que também passará.

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