#A.M.R,

Despedida

terça-feira, fevereiro 24, 2015 Paralelo das Letras 0 Comments

Quanto sofrimento é causado no presente para se evitar sofrimentos futuros,  jamais entenderei tal posição. Será isso antecipação de sofrimento?  Diluição de dor em doses homeopáticas? O que sei é que agora você me pede pra ficar longe,  não usar palavras em sua direção. Enjaular meus sentimentos,  prender com ferrolhos os sentimentos. Recusas o que sem qualquer preço lhe é oferecido, ao dizer que não lhe é devido aquilo que só você pode inspirar.  Então em momentos sentidos e feito de silêncio velado me farei emudado para não afligir seus desejos de paz e sossego.

Talvez a distância conserve a lembrança do momento de riso,  que a pouco tiveste comigo. Ou será que era de abrigo de bobagens sem sentido que usavas o estar estar comigo. Quem sabe o tempo senhor das histórias interrompidas em deslumbre do passado,  um dia,  se lembre desta que de tão diminuta pode perder-se em sua linha e venha coroar a memoria em instante de glória e voce lembre-se de mim. E num nascer da aurora ainda meio sem jeito diga um suave oi a nossa amizade deixada para trás na imensidão de seus instantes.

O medo existe e é pungente. Dor precisa ser vivida para passar. Uma vida em suspenso jamais poderá voar.

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