MEDO,

Sem Esperança

sábado, novembro 21, 2015 Paralelo das Letras 0 Comments

O mundo é um lugar frio demais,  onde tudo e todos querem matar a vida que há nas pessoas. Não ha amor no olhar daqueles que cruzam pela ruas,  nem perfume nas flores das alamedas cinzentas da cidade. Olhares tristes estampados em rostos cansados de uma luta diária por autoafirmação.

Em seu rosto lágrimas manchando o olhar suplicante por ajuda. Porque ela se foi, deixou o vazio em sua alma. Partiu levando consigo todas a cores que tinha trazido a sua vida. É agora nem mesmo o brincar das crianças no parque, a algazarra refletida em gritos e sorrisos,  não traziam alegria para ele. A vida tinha acabado, mesmo os dias ainda em curso.

Era Setembro,  talvez Outubro,  como saber ao certo se os dias já não faziam qualquer sentido? Tudo que tinha em mente era que por alguma razão alguém no cosmo,  ou mesmo o próprio Deus,  achou conveniente lhe dar todos os motivos para sorrir,  ser feliz e amar,  mas de uma hora para outra resolveu arrancar tudo isso de uma só vez de sua vida. E como substituto cruel deixou um buraco negro que sugava toda sua alegria e força de vida.

Talvez fosse mesmo Setembro,  com flores amarelas e azuis,  ou quem sabe era apenas sinais de um fim de Primavera em novembro. Nada disso importava para um homem sem esperança, sem um futuro a planejar e viver.

O certo é que era o fim... Acabando enfim o ciclo de vida... Agora era só suspiros e morte.

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