CONTO,

Nossas Palavras

sábado, setembro 20, 2014 Paralelo das Letras 1 Comments

Quando a vi pela primeira vez meu coração quase parou. Era linda, morena, olhos vivos e de uma inteligência rara... A quem quero enganar, eu nunca a vi, não pessoalmente. Ela apenas me visita em sonhos, e que belos são os sonhos! E nas inúmeras mensagens eletrônicas que trocamos em nosso dia. Mas ela é mesmo linda, morena e tem olhos lindos e vivos, e a inteligência rara e sagaz.

E assim imagino o nosso encontro enfim, sei que meu fraco coração irá quase parar, meu cérebro congelar, se seus olhos vivos encontraram os meus, e morada meu coração achará no abraço tão sonhado.

Mas hoje ela esta longe, só minhas palavras a alcança, dividimos nossos mundos, e eu fico a desejar que um dia numa louvável fusão, se tornem um só.

Caminho pelas ruas da cidade tentando encontrar nos rostos desconhecidos, o rosto dela. Converso com meu coração para que seja forte, que mantenha a calma diante dela, caso venha a vê-la. Digo à alma que movesse em mim, que a paz logo chegará ao mergulharmos em seu doce olhar.

Que prazer eu sinto quando suas palavras chegam a mim, tendo viajado por inúmeras conexões, na velocidade da luz, até repousarem em minha retina. Atingindo meus sentidos e dando alivio. A paz que sinto em saber que ela existe em algum lugar. E que em algum tempo poderei estar no mesmo lugar que ela.

Não penses em utopia romântica, não se trata disso. Somos sinceros em nosso falar, em nossa amizade, em nossos momentos de fraqueza. Há mais consolo nas suas palavras que no muito falar do mundo. Então não penses também em amor endeusado por poetas, são muito idealizados e de volúpia exacerbada.  Falo de um gostar real, companheiro e sincero.


Basta então saber. Qual querer, ela há de querer por mim!

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